sexta-feira, 4 de março de 2016



A filosofia é um exercício de "análise" e não um "pacote de doutrinas". Nos termos de Wittgenstein é uma "crítica da linguagem",  sobretudo da linguagem filosófica.
A ciência produz conhecimento sobre o mundo, já a filosofia elucida "proposições problemáticas", portanto, a filosofia é a "afinação" do instrumento linguagem de forma a obter uma clarificação lógica dos pensamentos.
Em Wittgenstein "pensamento" e "linguagem" são duas entidades.
Entre o que se pensa e o que se diz há uma "tradução".
No pensamento há "imagens dos factos do mundo" que podem ser organizados logicamente. A linguagem é "apenas" uma forma simbólica de transmissão do pensamento.
Segundo Wittgenstein as "mentes teorizantes" deixam-se enredar no discurso. A tradição filosófica e o mundo estão cheios de malabaristas palavrosos e vazios.
Silêncio 2


***

Segundo o jovem Wittgenstein, a filosofia não "resolve" problemas, mas "dissolve" problemas.
A resolução de um problema filosófico não depende da "realidade", depende da "consciência" que o sujeito tem da mesma e, essa consciência, é mediada pela linguagem, logo,  não tem que se tomar consciência da "realidade" mas sim do "disfuncionamento linguístico". A tarefa  da filosofia seria, então, não mais que uma "terapia" que repusesse o bom uso da linguagem.

E foi assim que eu "dissolvi" mais 300 euros  nestes  dois volumes volumosos e exaustivos
Silêncio 1













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