terça-feira, 26 de abril de 2016


“Conhecimento” envolve sempre a interação entre um “sujeito” e um “objeto”, aquele é o que conhece e este o conhecido.

                Convém distinguir, de forma rápida,  os diversos tipos de conhecimento:

Conhecimento por contacto – como quando perguntamos se “conhece alguém” ou se “conhece uma certa cidade”.

Conhecimento prático – no sentido de saber fazer alguma coisa: tocar piano ou arranjar torneiras.

Conhecimento proposicional ou de verdades. Aqui temos a produção de juízos ou enunciados verbais. O conhecimento, neste sentido, é verdadeiro ou falso.

 

A estrutura e origem deste tipo de conhecimento é atribuída normalmente a Platão no famoso diálogo “Teeteto”( Θεαίτητος), dedicado, exclusivamente, ao problema da “natureza do conhecimento”.

Nota: para muitos platonistas, Platão, são só os diálogos, o resto é espúrio (a desenvolver).

Recomendo, então, a leitura e estudo do Teeteto.

Para mim, a secção final está escrita com um sentido de humor ímpar. Nesta, é comparada a mente a um aviário. Faz-se a distinção entre “ter” (κεκτῆσθαι)  e “possuir” (sἔχειν) – o sujeito cognoscente é comparado a um caçador de pássaros e sujeito a confundir pombas com rolas.

Recomendo a leitura de dois textos:

Elandro Luis Zeni – Conhecimento e linguagem, um estudo do Teeteto de Platão

Anderson Borges – Razão e sensação no Teeteto de Platão

Há uma tradução (livre) brasileira e o grande clássico em língua portuguesa da gulbenkian.giro dois te li

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